domingo, 30 de setembro de 2012

Menos que Nada (2012)



A história do filme se passa em um hospital psiquiátrico que recebe Paula, uma nova residente  que se sente instigada pelo caso do paciente Dante. 

(Para acessar a sinopse do filme, sugiro: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209197/)

A médica Paula, estudante de psiquiatria,  se sente tomada pelo desejo de tentar conhecer mais sobre o caso de Dante,  paciente o qual ela elege para ser objeto de estudo e produção de seu trabalho de conclusão de curso. Está descrição de seu objetivo é ríspida, mas não tenho o porquê descrever de outra forma já que é este posicionamento que a personagem assume  diante de seu paciente, a começar pela abordagem de intervenção com o mesmo.

Em seu trabalho de intervenção vemos a forma de pensar e agir pautados no modelo explicativo e na cientificidade. A estudante escolhe como forma de intervenção apresentar vídeos com relatos de todas as pessoas que estavam envolvidas no evento desencadeador da psicose em Dante. Os usos das gravações apresentam o caráter de “verdade irrefutável” daqueles eventos.

Paula parece acreditar que encontrando a verdade dos fatos iria promover um processo de cura ou mudança de comportamento em Dante, o que de fato acontece no decorrer do filme de uma forma exagerada e quase imaginaria.

Apesar de produzir efeitos em Dante a verdade que, a meu ver, parece ser a mais interessante que é aquela enunciada pela pessoa, Paula parece não conseguir acessar. Já que não consegue construir uma relação onde o relato do seu paciente possa de fato aparecer, ela o “bombardeia” com uma serie de informações dele mesmo o qual ele não havia se implicado em querer saber.

Por fim a minha crítica em relação ao posicionamento de Paula em relação ao caso de Dante é de como a sua forma investigativa a cerca de Dante quase o anula, são raros os momentos em que ela se pergunta o que Dante quer ou com quais questões ele quer se implicar.

domingo, 2 de setembro de 2012

Transamerica (2005)


O filme conta a história de uma mulher transexual que ao estar prestes a conquistar a cirurgia que efetiva o processo transexualizador descobre ser pai de um garoto que está preso em um reformatório.

Bree ansiosamente passa por uma série de procedimentos médicos para conseguir a operação de redesignação genital, desde a testes de eletrólise até acompanhamento psicológico e psiquiátrico de longa duração, para que fosse confirmado diagnóstico de transtorno de identidade de gênero. No entanto já no inicio do filme ela desmascara que a transexualidade não é uma patologia ao argumentar de forma simples, mas que já abala está concepção, ao indagar contra o médico: “Como uma cirurgia plástica pode curar uma doença mental?”.

Ao descobrir que Toby é seu filho Bree é convocada o tempo todo assumir o papel de pai e, por conseguinte retorno a ser Stanley, que é identidade inclusive aceita por sua família, mas neste momento assistimos a luta de Bree ao se reafirmar o tempo todo conforme a sua identidade feminina, que até ali em nenhum espaço consegue transparecer de forma natural. 

Gostei muito do longa, pois trata de um tema difícil de forma suave.Recomendo a todos!