A história do filme se passa em
um hospital psiquiátrico que recebe Paula, uma nova residente que se sente instigada pelo caso do paciente
Dante.
(Para acessar a sinopse do filme,
sugiro: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-209197/)
A médica Paula, estudante de
psiquiatria, se sente tomada pelo desejo
de tentar conhecer mais sobre o caso de Dante,
paciente o qual ela elege para ser objeto de estudo e produção de seu trabalho
de conclusão de curso. Está descrição de seu objetivo é ríspida, mas não tenho
o porquê descrever de outra forma já que é este posicionamento que a personagem
assume diante de seu paciente, a começar
pela abordagem de intervenção com o mesmo.
Em seu trabalho de intervenção
vemos a forma de pensar e agir pautados no modelo explicativo e na
cientificidade. A estudante escolhe como forma de intervenção apresentar vídeos
com relatos de todas as pessoas que estavam envolvidas no evento desencadeador
da psicose em Dante. Os usos das gravações apresentam o caráter de “verdade
irrefutável” daqueles eventos.
Paula parece acreditar que encontrando
a verdade dos fatos iria promover um processo de cura ou mudança de
comportamento em Dante, o que de fato acontece no decorrer do filme de uma
forma exagerada e quase imaginaria.
Apesar de produzir efeitos em
Dante a verdade que, a meu ver, parece ser a mais interessante que é aquela enunciada
pela pessoa, Paula parece não conseguir acessar. Já que não consegue construir
uma relação onde o relato do seu paciente possa de fato aparecer, ela o “bombardeia”
com uma serie de informações dele mesmo o qual ele não havia se implicado em
querer saber.
Por fim a minha crítica em
relação ao posicionamento de Paula em relação ao caso de Dante é de como a sua
forma investigativa a cerca de Dante quase o anula, são raros os momentos em
que ela se pergunta o que Dante quer ou com quais questões ele quer se
implicar.