No dia 18 de Jullho de 2012
aconteceu no Conselho Regional de Psicologia a Roda de Conversa: Ética,
Direitos Humanos e Laicidade do Estado.A mesa foi composta por Marco
Antônio Torres, Gilvander Luis Moreira e Gilvander Luis Moreira.
Acredito que no geral o discurso foi
direcionado por uma perspectiva da individualidade, no sentido em mostra o
papel do sujeito (não se deve confundir com o sujeito da psicanálise) no que
diz respeito as tramitações da políticas LGBT no país, dada a aceitação da uma
ideologia vigente fundada em preceitos religiosos dogmáticos.
A fala foi iniciada por Marco
Antônio Torres que comentou como a homofobia é presente em nosso contexto
atual, como foco no âmbito escolar e ele trouxe como questionamento central: Quais são as normas efetivamente normatizam ( estado x sujeito)? Ao meu ver, é
quase uma forma de mostrar como o sujeito estabelece as normas, já que é ele
que significa as relação então é responsável por criar as ideologias vigentes.
A segunda fala foi do Frei e Assessor
da Pastoral da Terra Gilvander Luis
Moreira, que desde o dia em que forneceu entrevista* para o Jornal o Globo se
mostrando favorável a aprovação da união homoafetiva pelo Superior Tribunal
Federal ,vem sofrendo inúmeras pressões por parte de vários segmentos , sendo
em especial o religioso e o jurídico.
Gilvander Luis ressaltou que em sua leitura da
bíblia, não existem passagens que corroborem que Deus julgue como ato ético a
discriminação e o preconceito. Que é por meio da convivência com a diversidade,
em todos os aspectos com todas as minorias quee conseguiremos dissipar nossos preconceitos.
Já que a verdade é o que possibilita a inserção da pluralidade em nossa
sociedade, pois liberdade como ele salienta é o que liberta!
Por fim temos a fala de Roberto
Chateaubriand, que resgata um pouco da ideia exposta por Marco Antonio, em
mostrar que a democracia é uma tensão entre as ideias individuais e a
coletividade. É que o discurso cristão não pode ser usado como parâmetro para efetivação das leis.
Ele ainda problematizou até que
ponto os valores que compartilhamos são cristão, será que estes não serão
valores dos sujeitos, que estão os endereçando a um Deus, e assim se isentando
da responsabilidade sobre as consequências destes valores.
Ao fim ele salienta que a ideia
não eliminar o discurso cristão, mas sim como fazer com que ele seja conciliado
com as diversas manifestações dos sujeitos, de forma que Eu permita a existência
de outro diferente de mim.
Novamente a palestra contou
com a tradução para LIBRAS.
* Para ter acesso a entrevista: http://www.gilvander.org.br/artigos/92-uniao-civil-homoafetiva-reconhecida
Foto do post retirada em: CEllos.blogspot.com.br/
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