sexta-feira, 20 de julho de 2012

VII SEMANA BH SEM HOMOFOBIA: Roda de Conversa: Ética, Direitos Humanos e Laicidade do Estado


No dia 18 de Jullho de 2012 aconteceu no Conselho Regional de Psicologia a Roda de Conversa: Ética, Direitos Humanos e Laicidade do Estado.A mesa foi composta por Marco Antônio Torres, Gilvander Luis Moreira e Gilvander Luis Moreira.

Acredito que no geral o discurso foi direcionado por uma perspectiva da individualidade, no sentido em mostra o papel do sujeito (não se deve confundir com o sujeito da psicanálise) no que diz respeito as tramitações da políticas LGBT no país, dada a aceitação da uma ideologia vigente fundada em preceitos religiosos dogmáticos.

A fala foi iniciada por Marco Antônio Torres que comentou como a homofobia é presente em nosso contexto atual, como foco no âmbito escolar e ele trouxe como questionamento central:  Quais são as normas efetivamente  normatizam ( estado x sujeito)? Ao meu ver, é quase uma forma de mostrar como o sujeito estabelece as normas, já que é ele que significa as relação então é responsável por criar as ideologias vigentes.

A segunda fala foi do Frei e Assessor da Pastoral da Terra  Gilvander Luis Moreira, que desde o dia em que forneceu entrevista* para o Jornal o Globo se mostrando favorável a aprovação da união homoafetiva pelo Superior Tribunal Federal ,vem sofrendo inúmeras pressões por parte de vários segmentos , sendo em especial o religioso e o jurídico.

 Gilvander Luis ressaltou que em sua leitura da bíblia, não existem passagens que corroborem que Deus julgue como ato ético a discriminação e o preconceito. Que é por meio da convivência com a diversidade, em todos os aspectos com todas as minorias quee conseguiremos dissipar nossos preconceitos. Já que a verdade é o que possibilita a inserção da pluralidade em nossa sociedade, pois liberdade como ele salienta é o que liberta!

Por fim temos a fala de Roberto Chateaubriand, que resgata um pouco da ideia exposta por Marco Antonio, em mostrar que a democracia é uma tensão entre as ideias individuais e a coletividade. É que o discurso cristão não pode ser usado como parâmetro  para efetivação das leis.

Ele ainda problematizou até que ponto os valores que compartilhamos são cristão, será que estes não serão valores dos sujeitos, que estão os endereçando a um Deus, e assim se isentando da responsabilidade sobre as consequências destes valores.

Ao fim ele salienta que a ideia não eliminar o discurso cristão, mas sim como fazer com que ele seja conciliado com as diversas manifestações dos sujeitos, de forma que Eu permita a existência de outro diferente de mim.

Novamente  a palestra contou com a tradução para LIBRAS.


Foto do post retirada em: CEllos.blogspot.com.br/

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