sexta-feira, 20 de julho de 2012

VII SEMANA BH SEM HOMOFOBIA: Seminário do Conselho Regional de Serviço Social


No dia 20 de Julho de 2012 aconteceu o Seminário do Conselho Regional de Serviço Social, no Centro de Cultura de Belo Horizonte. 

A apresentação se iniciou com a performance de Marcelo Kaufmann, acredito que assim como grande parte do público foi uma ótima surpresa que criou um clima de acolhimento e descontração que nós distanciou um pouco do clima de tensão da rotina antes iniciar o debate.

A primeira fala foi da professora de UFT Bruna Irineu, que conseguiu mesclar as suas ideias dentro de um discurso de militância bem como acadêmico, ela falou sobre as políticas públicas LGBT no Brasil.

Ela mostrou o como se deu o surgimento de alguns programas  como o Brasil sem Homofobia, e o desenrolar das ações neles contidas pela pressões do movimento LGBT ao logo dos anos.

Posteriormente ela levantou uma análise crítica, que é interessante resaltar, a respeito da 2º conferência LGBT, que discutiu a cerca de alguns temas tais como: a PLC 122 e o estatuto da diversidade sexual. E nos debates foi percebido que há muitas consonâncias a respeito do que desejamos conquistar, enquanto movimento LGBT, mas há, sobretudo dissonâncias que prejudicando a reivindicações dos direitos, já que existe uma pluralidade de identidade dentro do movimento.

A segunda fala foi de Gustavo Teixeira que trouxe o processo de adesão de novas resoluções no Código de Ética do assistente social, responsável por regulamentar a profissão. Que estão relacionadas às conquistas do movimento LGBT, entre elas  a negação da discriminação da população LGBT,  a concessão de que transexuais e travestis usem documento adequado com sua identidade de gênero e a parceria com a parada LGBT. 

Ele também ratificou de como as diferenças dentro do movimento LGBT prejudicam a emancipação da classe, já que as lutas sociais são lutas de classe. E ainda dissertou sobre como o modelo econômico capitalista cria obstáculos na conquista de direitos LGBT.

O último a discursar foi Roberto Dutra que trouxe uma serie de dados que corroboram a existência da homofobia. E ainda chamou a atenção para a necessidade de conquistar efetivamente instrumentos que possam trazer dados que reflitam a realidade da discriminação da homofobia no Brasil, hoje temos apenas o Grupo Gay da Bahia (GGB) que fornece estas informações.

Ainda suscitou a reflexão sobre a efetividade das políticas públicas hoje, tendo como exemplo o fechamento do Centro de Referência LGBT de BH. Ou seja, o que é necessário para efetivar nossas conquistas? Lutamos por ela, mas quais estão sendo efetivadas?

O debate contou ainda com diversas perguntas e contribuições da extensa plateia presente, que perpassaram aos temas já dissertados, com grande preocupação em pensar de que forma os Assistente Social pode contribuir em sua atuação para “favorecer” a população LGBT.



Nenhum comentário:

Postar um comentário